Os atos de vandalismo terão
ocorrido durante a noite de quarta-feira para quinta-feira, disse fonte da GNR
à Agência Lusa, tendo esta autoridade levantado um auto por danos em máquinas
que realizam trabalhos de prospeção de lítio ao serviço da Savannah, empresa
responsável pelo projeto da Mina do Barroso, que tem sido contestado pela
população, autarcas e associações ambientalistas.
O projeto mineiro foi viabilizado
pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), e emitida uma Declaração de Impacte
Ambiental (DIA) favorável condicionada em 2023.
Em fevereiro, os trabalhos de
prospeção estiveram suspensos durante 15 dias em consequência de uma
providência cautelar.
A providência cautelar deu
entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela e foi interposta por
três proprietários contra a servidão administrativa concedida pelo Ministério
do Ambiente em dezembro, que permite à Savannah aceder a terrenos privados e
baldios durante um ano.
Depois de uma paragem de duas
semanas e do ministério responder à providência com uma resolução fundamentada,
invocando o interesse público do projeto, a empresa retomou a campanha de
prospeções de lítio.
A Associação Futuro do Barroso
repudiou, através de um comunicado enviado, os atos de vandalismo contras as
máquinas de prospeção de lítio.
“Hoje, [sexta-feira]
lamentavelmente, fomos informados pela comunicação social da ocorrência de atos
de vandalismo indignos de uma sociedade civilizada. Estas ações merecem da
nossa associação a maior repulsa, porque não é através da força e vandalismo que
se conseguirá alcançar a razão”, referiu José Moura, presidente da
Associação, citado em comunicado.
Sara Esteves
Foto arquivo ilustrativa
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