Este espaço, na localidade de
Aldeia Nova, que inclui o centro de interpretação do território, o centro de
apoio à realização de atividades de montanha e centro de demonstração e prova
de produtos endógenos, resulta da recuperação de edifícios degradados, num
investimento de 1,5 milhões de euros, financiado por fundos comunitários.
A cerimónia de inauguração contou
com a presença dos presidentes das câmaras municipais de Montalegre e Boticas,
Fátima Fernandes e Guilherme Pires, respetivamente, bem como de Orlando
Rodrigues, presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), e de
representantes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte
(CCDR-N).
O Barroso, território que se
estende pelos concelhos de Boticas e Montalegre foi incluído em 2018 na lista
dos Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial (SIPAM), uma distinção
atribuída pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
(FAO).
O Centro SIPAM tem ainda um
espaço de alojamento para acolher alunos e investigadores que queiram fazer
visitas de campo e participar em escolas de verão. No âmbito de parcerias com
instituições de ensino superior, como o Instituto Politécnico de Bragança
(IPB), já há vários doutorandos a realizar investigação sobre o património
agrícola.
O centro foca-se também na
gastronomia, pelo que serão realizadas demonstrações culinárias com produtos
endógenos com ‘chefs’ e alunos de escolas de hotelaria, bem como a melhoria das
competências dos produtores, através da realização de ações de formação.
Entre os projetos a concretizar
estão a carta gastronómica do Barroso, com receitas que terão enfoque na carne
barrosã, a criação da Rota do Pão, com destaque para o pão de centeio e a
reativação dos fornos do povo.
O Barroso foi o primeiro
território português a integrar o SIPAM e um dos primeiros a ser aprovado na
Europa.
Sara Esteves
Fotos: CM Montalegre
Sociedade