Perante a Secretária de Estado da
Saúde, Ana Povo, o autarca reforçou a urgência de “garantir o pleno funcionamento dos serviços hospitalares na cidade”,
sublinhando que “o que falta em Chaves
não é investimento, é sim decisão política e execução”, disse citado numa
nota enviada pelo Município.
O autarca socialista reconheceu o
investimento realizado na requalificação e modernização das infraestruturas da
Unidade Hospitalar de Chaves, integrada na ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas
alertou, para a falta de acesso a serviços essenciais. “Temos blocos operatórios preparados, mas falta capacidade cirúrgica. A
urgência pediátrica só funciona de segunda a sexta-feira e o internamento
continua encerrado. É inaceitável que uma unidade concluída e equipada há mais
de um ano, como a de cuidados intermédios, permaneça sem abrir por falta de
recursos humanos”, frisou.
Nuno Vaz classificou a situação
como “insustentável” e referiu que representa
“uma clara desigualdade territorial”.
“As crianças e as suas famílias não têm
hora marcada para precisar de cuidados. Não podemos continuar a obrigar quem
vive no Alto Tâmega e Barroso a percorrer dezenas de quilómetros para ter
acesso a um pediatra. O Estado tem de garantir equidade, proximidade e
dignidade na resposta em saúde”, defendeu.
O Presidente sublinhou que o
Hospital de Chaves “é símbolo da
resistência de uma região que não se cala” e reafirmou que “as populações do interior merecem mais do
que promessas — merecem respostas efetivas e respeito”.
Promovida pela Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-NORTE) e pela Autoridade
de Gestão do NORTE 2030, a sessão reuniu especialistas, decisores públicos e
agentes regionais para debater os investimentos em saúde na região, encontro
que teve como propósito a assinatura de um protocolo para a criação da Rede
Temática Regional para a Saúde Pública e Cuidados Assistenciais do Norte de
Portugal.
Por sua vez, foi anunciado um
montante global superior a 220 milhões de euros para reforçar infraestruturas e
cuidados de saúde, na região Norte, dos quais cerca de 83 milhões serão
financiados por fundos europeus.
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