As portagens foram abolidas na
quarta feira, 01 de janeiro, nas vias rápidas estruturantes do Interior e
Algarve conhecidas como SCUT, após mais de 13 anos de luta das populações pela
reposição do modelo inicial de financiamento destas estradas sem custos para o
utilizador.
Esta medida entrou em vigor esta
quarta feira, 01 de novembro, e abrange outras vias como a A4, A13, A22, A23,
A28 e A25, revertendo uma decisão que vigorava desde 2010.
A proposta que “elimina as taxas
de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do interior e em vias onde
não existam alternativas que permitam um uso com qualidade e segurança” foi
apresentada pelo PS e aprovada com os votos favoráveis do PS, Chega, BE, PCP,
Livre e PAN, com a abstenção da IL e os votos contra do PSD e CDS-PP. A lei foi
promulgada pelo Presidente da República em julho de 2024.
De acordo com os socialistas, a
medida tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros.
Segundo o presidente da Câmara Municipal
de Chaves, Nuno Vaz, a decisão de abolir as portagens nas ex-SCUTS,
nomeadamente na A24, que liga Chaves a Viseu, vem repor “uma injustiça cometida
há muitos anos”, tratando-se de " um ato de justiça territorial" que
vai favorecer a mobilidade da população, a economia e o turismo desta região,
revelou o autarca socialista em maio de 2024.
As vias com portagens Sem Custo
para o Utilizador foram introduzidas em Portugal em 1997, quando era
primeiro-ministro António Guterres. Na altura, os custos eram totalmente
suportados pelo Estado.
Sob muita controvérsia, o modelo
de financiamento destas vias mudou a partir de 2010, altura em que os custos
das ex-SCUT passaram a ser pagos pelos utilizadores.
Sara Esteves
Foto: Carlos Daniel Morais
Sociedade